tag:blogger.com,1999:blog-18387428421308125822024-03-19T15:21:29.655-03:00Um Bom LeitorEduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.comBlogger121125tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-1200575899964414122015-06-03T01:56:00.002-03:002015-06-03T01:56:31.260-03:00Sonho d`anos<div>
Talvez nunca tivesse sido enojado,</div>
<div>
Ao menos por inteiro aquele beijo;</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Tua língua tem gosto de areia em minha boca</div>
<div>
Mas insisto em sonhar-te várias noites!</div>
<div>
O desamor, tem gosto de terra podre</div>
<div>
De solo infértil. Maltratado.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Outro sonho divaga no escuro</div>
<div>
sorrateiro como quem pega de surpresa</div>
<div>
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o que é proibido;</div>
<div>
o que não é mais teu</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
O mesmo sonho.</div>
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<br /></div>
<div>
Talvez nunca tivesse sido beijo,</div>
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Ao menos por inteiro enojado.</div>
<div>
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-59958312659906692972015-02-01T22:22:00.001-03:002015-02-01T22:40:08.599-03:00Fahrenheit 451 - Ray Bradbury<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-UjAVjsMSQYU/VM7DvB21RLI/AAAAAAAABLo/SKfJDvgKS0s/s1600/afahbookcoverray.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-UjAVjsMSQYU/VM7DvB21RLI/AAAAAAAABLo/SKfJDvgKS0s/s1600/afahbookcoverray.jpg" height="200" width="134" /></a></div>
Impossível falar em Literatura e não mencionar Ray Bradbury (1920-2012).<br />
Romancista e contista dos gênero de ficção cientifica e fantasia. Um dos grandes gênios da ficção do século XX. Sua obra-prima é Fahrenheit 451 (1953), uma inenarrável metáfora da sociedade pseodo-moderna que vive ludicamente fantasiando relacionamentos, prazeres e ambições. Privando-se do incontestável prazer da leitura.<br />
Nesta obra é narrado Um Novo Mundo construído num sistema político totalitarista. O personagem principal é um bombeiro chamado Montag que vive inicialmente uma rotina normal dentro dos parâmetros estipulados como corretos; Alienação via rádio concha, jornada de trabalho exemplar e jejum absoluto da literatura. Neste Novo Mundo algumas situações diferem das atuais, como por exemplo, a função do Bombeiro; Não lutam contra os incêndios e sim os provocam, já que as casas são à prova de fogo! É terminantemente proibido ler! Livros são queimados! Externar sentimento é proibido! Questionar-se sobre os porquês também! São as principais abordagens que a vizinha, não menos importante que Montag, trás ao leitor, em suas caminhadas filosóficas entre capítulos.<br />
Podemos mencionar questões do Condicionamento Humano através do sistema político que desabilita a função do homem quanto ao <i>feeling </i>literário e impõe suas alienações sobre o que é ou não importante conhecer e o que é necessário saber sobre o mundo em que se vive. Sem uma perspectiva exata de futuro os personagens se transformam em verdadeiras bibliotecas clandestinas esperando o progresso da sociedade ao mundo em que ler é aprender e transcender.<br />
<br />
<br />
<br />
ISBN: <span style="background-color: white; color: #545454; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 20.2222232818604px;">978145167331 </span>CÓDIGO SARAIVA: <span style="color: #333333; font-family: 'Open Sans', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.7999992370605px;">4087766 / </span><span style="color: #333333; font-family: 'Open Sans', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.7999992370605px;">7858303 (ed. de bolso)</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: 'Open Sans', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.7999992370605px;"><br /></span>
Outras obras do autor: Cronicas Marcianas, Licor de dente-de-leão (...)<br />
Obra-ponte: Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley), Laranja Mecânica (Anthony Burguess).<br />
<br />
<br />
Obra adaptada para o Cinema: https://www.youtube.com/watch?v=y-5KUImubtY (legendado)<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-4JmEIpBPqso/VM7T35YbW1I/AAAAAAAABL4/vaZNUcDixHE/s1600/fahrenheit_451.mp4-1.jpg.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-4JmEIpBPqso/VM7T35YbW1I/AAAAAAAABL4/vaZNUcDixHE/s1600/fahrenheit_451.mp4-1.jpg.jpeg" height="171" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<i><br /></i>
<i><br /></i>
<i>"Vagabundos por fora, bibliotecas por dentro!"</i>Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-48010522909526973822013-04-25T00:37:00.004-03:002013-04-25T13:12:39.165-03:00CalmaEu vou despreocupar meu coração<br />
Do medo de perder você<br />
Porque se o nosso amor é igual;<br />
Podem se passar mil anos,<br />
e ainda nos encontraremos no mesmo lugar.<br />
<br />Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-58075145838957052052013-04-23T23:59:00.002-03:002013-04-23T23:59:34.722-03:00Eu amoSeu sorriso; O contorno da sua boca<br />
O cheiro do seu cabelo; Da sua pele<br />
A sua mão; Seu dedo gordinho lindo<br />
Seu corpo; Todo ele!<br />
<br />
O jeito como corre; Feito criança eufórica<br />
Da sua cara de assustada nos dias de chuva;<br />
Assim como o jeito encolhido que fica na cama<br />
<br />
As adivinhações; o ciúme<br />
A sua cara quando não conseguia me dizer não!<br />
Sua feição preocupada; com nossas famílias<br />
Sua mão na minha cintura; os puxões! Ah, os puxões!<br />
<br />
O hálito misturado com seu cigarro; sua saliva<br />
Os seus bordões e egocentrismo<br />
A forma como me empurrava do colchão;<br />
E brigava pelo maior lençol...<br />
As nossas fofocas!<br />
<br />
A cara safada quando me observava nua;<br />
A brancura da sua pele que corava tão fácil<br />
O rosto quente com o meu gelado...<br />
<br />
Sua cara de prazer; me tocando<br />
Me chamando; me pedindo [...]<br />
<br />
Os apelidos; Os palavrões<br />
Os risos; Os gritos<br />
O amor; A raiva<br />
<br />
Você e Eu.<br />
<br />
<br />Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-72008353935857042662013-04-23T14:39:00.003-03:002013-04-23T14:41:36.783-03:00Eu seiSabe como é acordar deslizando pelo lençol<br />
Sabendo que você esta na outra ponta da mesma cama.<br />
Quando a primeira imagem que se enxerga, embaçada ainda,<br />
É o teu rosto babando o travesseiro que não é nosso.<br />
<br />
Ou mesmo sentir o cheiro da pele, sem nenhum perfume, o cheiro que é só teu!<br />
Saber das brincadeiras e sorrir de todas elas;<br />
Cair certinho nos braços apenas por conhecer a forma como você me puxava;<br />
Respirar com tua cabeça no meu peito sabendo que eu era a sua base.<br />
<br />
Eu sei. Eu sei também que a falta torna qualquer cama um precipício;<br />
Qualquer lençol sufocante!<br />
Sei como está ficando difícil, a cada dia, reconstruir a lembrança do cheiro [...]<br />
<br />
O tempo cura tudo, mas é difícil seguir em frente quando o relógio está quebrado<br />
''Mas até mesmo o relógio quebrado consegue está certo duas vezes ao dia''.<br />
<br />Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-54765966119793452252013-04-20T13:44:00.001-03:002013-04-21T23:39:20.649-03:00Autismo-AfetivoHoje tenho certeza que a felicidade em nada me inspira<br />
-Não que almejar a dor seja a solução para viver-<br />
Mas é o que me que falta para nascer outra vez.<br />
<br />
Não desejo a dor, mas não consigo deixar-la ir<br />
Porque só em tua presença escrevo;<br />
Nesse mundo sem amor, sem educação.<br />
<br />
Mesmo não existindo o amor, tenho educação;<br />
Então resta-me agradecer:<br />
<br />
Obrigada por ter ido embora,<br />
Obrigada por não me amar o suficiente,<br />
Obrigada por me deixar assim, triste, por três anos e mais.Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-86195132350106350282012-12-02T14:06:00.002-03:002012-12-02T14:07:36.541-03:00ÓdioEstou me sentindo tão dormente. É tanto que, não consigo falar. Não sei se choro, se grito ou se saiu na rua e esfaqueio alguém, mesmo que não tenha nada a ver com isso. Um estimo difícil de descrever. Que vontade de matar e morrer!Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-83403276553456958372012-05-13T10:09:00.000-03:002013-04-22T23:32:27.461-03:00À (Minha) MãeUm dia eu entenderei o amor que recebi [...]<br />
<br />
Eu poderia mudar o mundo com todas as pessoas dentro, fingindo que todos são apenas soldados de brinquedo, se isso fosse lhe agradar de alguma forma;<br />
Mudaria as nuvens de lugar para evitar um sol forte em sua cabeça,<br />
E se pudesse, ameaçaria o tempo para não passar e ter fazer eterna!<br />
<br />
Às vezes eu penso no que eu poderia fazer para ser útil, ou ser alguém como você foi e é<br />
Mas jamais me igualaria...<br />
<br />
Todas aquelas noites sem dormir, e sabe-se lá porque não desistiu de tudo!<br />
Escutar você responder-me que já me ensinou uma palavra chamada responsabilidade...<br />
Mas às vezes eu fugi, fugi como se nunca a conhecesse! E sempre caí.<br />
<br />
Eu nunca me encontraria sentada em sua cama pensando, se algum dia me deixar,<br />
como será que vou continuar?<br />
Quem me mostrará quando estiver errada, e me mostrará o certo em seguida?<br />
Eu tentaria, eu tentarei viver sem o seu corpo presente;<br />
Mas Deus trará a sua voz em sonhos!<br />
Ele permitirá a sua ausência aqui,<br />
E isso não fugirá aos meus pensamentos!<br />
<br />
Quando um dia você disser adeus, saiba que, será o mesmo que levar metade de mim; um braço, uma perna, um pulmão, um olho... Porque do meu corpo você é metade, metade do caráter você que construiu, então não restará nada aqui. Só saudade. Então agradecerei a Ele todos os dias, por conceber um pouco o prazer de enxergar minha mãe como a enxergo todos os dias.Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-53357801432520115732012-05-01T19:25:00.001-03:002012-05-01T19:25:37.600-03:00Apesar dos apesares...Há tanta coisa que se destrói com o tempo<br />
Que passei a esquecer e a inventar-me<br />
Aquilo tudo que costumava ter se acabou<br />
Mas dessa vez parece não estar sendo assim.<br />
<br />
Porque tudo o que sonho e o que penso se unem,<br />
todas as coisas reais e sobrenaturais se encontram entre nós.<br />
E tudo parece ser apenas um replay do que já vivemos<br />
E mesmo assim, muitas vezes, não sabemos lidar<br />
<br />
Os costumes adversos e princípios que foram-nos ensinados<br />
Apenas acrescenta um pouco mais a cada um<br />
Os medos, que são tantos, foram divididos meio a meio<br />
Assim como o conhecimento compartilhado<br />
<br />
Porque tudo o que planejo termina no seu começo<br />
E o que você pensa saber, eu já sei<br />
Tudo parece ser tão distante<br />
Mas será amanhã que tudo irá permanecer<br />
Igual como ninguém jamais imaginou<br />
<br />
Os planos já não fazem minha cabeça<br />
Nem apontam qualquer definição<br />
Porque tudo o que eu quero<br />
É não precisar saber de mais nada além do que eu já sei<br />
<br />
Porque o amor que eu sinto é mais útil que a vida<br />
E se morrer fosse a saída,<br />
Eu ti roubaria uma camiseta para vestir<br />
E jogaria sorrisos ao mundo!<br />
<br />
Porque eu ainda amaria você.<br />
<br />Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-66870558016007793592012-02-18T23:08:00.001-03:002012-05-01T19:54:54.909-03:00Sobre o que tanto falam...Quando cresceu, de verdade, por dentro, foi entendendo um pouco mais de si.<br />
<div>
Sentiu como se tudo fosse igual mas diferente dentro de um mesmo segundo (...)</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Num certo tempo atrás, pensou que tudo já era suficiente,</div>
<div>
Que não tivera mais nada de novo a aprender, somente a complementar</div>
<div>
Tudo o que já fora conquistado seria tão somente a recompensa.</div>
<div>
Quando se pensou que havia encontrado aquele amor exorbitante e </div>
<div>
Maior do que qualquer outro que já tinha imaginado,</div>
<div>
Inexplicavelmente ele sumia; Na verdade, era substituído. </div>
<div>
Quando resolveu dá um nome àquilo, os sentimentos foram extraviados.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
É a lei da nomenclatura-sentimental. Não se adivinha, nem se pesa.</div>
<div>
Quando quebrada, some, termina, minimiza-se. E pronto.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
O que eu sinto não existe. Porque não tem nome, não tem preço, nem validade. Não nasceu ou morreu, não pertence a mim ou qualquer outro, apenas ocupa inexplicavelmente uma densidade no mundo e de vez em sempre é sentido, no entanto jamais pode ser avaliado, tampouco descrito em um simples bordão popular 'amor'.</div>Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-40032597556207039872012-01-04T00:26:00.001-03:002012-01-04T00:27:33.104-03:00SaudadeÉ de pura maldade alimentar; O que tanto dói<br />
Poucos agem por bondade, o sacrilégio do apego<br />
Mas você me impede por tortura e desdém<br />
<br />
E sem me desmentir, sinto tanto<br />
Que me escondo por dias, só para fazê-la sentir<br />
No entanto o nada parece se importar mais que ela<br />
<br />
E sente saudades de mim [...]Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-9871923310998782122011-10-17T03:02:00.002-03:002011-10-17T03:08:23.158-03:00AmorDe uma forma estranha ou à clichê<br />
Proveu-se um apego;<br />
Meu com o seu!<br />
<br />
Sem aprovação foi-se,<br />
E voltou algumas vezes<br />
Só para intimidar-me!<br />
<br />
Mas devagar e rápido<br />
Enlaçou-se feito um nó dos infernos;<br />
De tormento, desespero e afeto.<br />
<br />
Puta que pario!<br />
Outra vez O Amor.Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-17393001298344399102011-10-16T22:45:00.009-03:002011-10-17T01:37:55.029-03:00DoisVocê faz e desfaz cada corte<br />
E desenha-me à desencanto com amor<br />
Não braveja fraqueza por tão forte<br />
Mas contempla tua soberba à rigor...<br />
<br />
Quem dera fosse eu...Que tanto já falou!<br />
No entanto - sou só eu -<br />
Que acalento nosso afago,<br />
Assim como a dor.<br />
<br />
(...)<br />
<br />
Disposição natural à debilidade<br />
Por entrelinhas me adoecem,<br />
''Astenia'' ouço!<br />
Nada funciona bem aqui dentro!<br />
<br />
Minha aptidão é o desalento<br />
Que se estende no sorriso teu,<br />
E alicerça dia a dia<br />
A dor do amor de um em dois.<br />
<br />
(...)Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-62899061284539159012011-10-14T15:13:00.000-03:002011-10-14T15:13:34.867-03:00Inacabado;Tenho mania de descrição, mania de dá nome as coisas, de inventar nomes. Corroê numa linha de pensamento neutro, escapulindo por inúmeras arestas. Mantenho o pecado de pensar, lembrar, de ao menos tentar entender, mas só de brincar disto é impossível acreditar que no fundo sei de algo. Mas sei de algumas coisas, sei de fragmentos que fazem partes de um todo, já é um começo.<br />
<div>Nunca descobri nada, nunca inventei nada, tudo que escrevo é de segunda mão, da canhota ainda mais. </div><div>No entanto, pouco antes de dormir, como muitas noites, não me senti bem. Não conseguia dormir, mesmo já tento-me curado da insônia antiga, eram pensamentos que me vinham repetitivos e sorrisos sem que ainda soubesse o porque deles, escutava sussurros. </div><div>-Estava pensando nela.</div><div>Minha mente caprichava nas lembranças, tão fortemente que senti seu cheiro forte e doce ao mesmo tempo, onde harmoniosamente fazia par comigo, valsando na seda, soltando meus cabelos, passeando por traços da cintura, até que acordei, estava sonhando.</div><div>Então continuei lembrando, dos mimos que andava recebendo, dá paralisação que se dava no miocárdio quando me abraçava, das lembranças que faço quando besto pela sua presença. Foi aí então que acordei novamente.</div><div>Tive um sonho que estava sonhando e pensando naquela garota! Meu Deus!</div><div>Foi engraçado pensar que estava pensando, já pensando nisso tudo. O que teria aquela menina, para infortunar meus sonhos? Penso se estaria apaixonada, não! Com certeza, não! Mas o cheirinho é bom, assim como são macio os cabelos, tão quanto os lençóis. E ainda mas, quando mordo os lábios frente aos seus, inspirando o ar que ela respira, poluído dos pulmões pré-tuberculosos. Ou quando minha mão desce do pescoço, desenhando o colo branco e chamativo. Pior, quando aperto a nuca, com a respiração forte no rosto dela, fazendo cara de dor, por não poder sair dali. E quando os botões se abrem vivos para mim, eu acordo mais uma vez. Num desespero medonho de não continuar! Contudo não quero voltar a dormir, preciso me manter acordada e vívida. Já não sinto o corpo seco, como antes, uma transpiração persegue cada poro, já arrepiada com o peso do dela, que continuamente me embalsa numa dança altamente desejável. Ritmo que permite exaustão, deixando-a segura, dentro de mim. Enquanto engulo à seco os gritos que minhas pernas mostram, por estarem abertas e esperançosas. Faz parte de mim, faz metade, faz o todo que sou ali. E sinto, sinto que estou trêmula o suficiente para desmaiar, para despejar fora, num golpe só eu acordo. Louca! Preciso disso. Preciso aprender a dar nome aos sonhos acordados. Depois de tanto tempo, não mais precisaria dormir ou acordar, tão somente permanecer. Apenas observar-la dormir ao lado.</div>Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-19426849883325515532011-10-13T15:52:00.003-03:002011-10-14T00:26:40.555-03:00Júbilo frebilSinto um leve queimar na pele, um ardor tão incomumente que despenca num ardor de pura lividez, transpirante, trêmulo, cru.<br />
Seria como uma febre que não passa, que não tem fim, cuja morte respeita. Mira-se um abismo tão fulgente a mim, tão aconchegante e resguardado.<br />
Observar a fusão que desmorona agressivamente, entre meu corpo e o recanto, somente ao término, assim encontro após o ardor em continuação à febre, o ponto certo, ao observar o prazer condicionado e auto-suficiente. A lividez do corpo brota como suor dos poros que não secam, como o tremor dos membros que não se regeneram, e como o ranger dos dentes que falecem.<br />
Ao fim de toda febre há muito o que se desprender além do gozo final, há uma suspensão do calor afável não presente...Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-64088784182831477372011-10-12T01:03:00.002-03:002011-10-15T16:55:04.876-03:00Querido, amigoSinto informar, que por muito tempo venho a perceber você.<br />
Não o julgo por mediocridade ou algo do gênero, nem mesmo por deslealdade, até porque é evidente a inexperiência que você absorveu até hoje, diferente daquela que achas possuir.<br />
Pois bem, é notória a ignorância que de nascença desenvolves e teima em alimentar diariamente. Assim como o sonho besta e não trabalhado de ser uma Espanca* da vida. Porque a sua dor, como muitas: Vaga e seca. Poderia ser de fato desenhada de forma limpa e poética, se não fosse tão fantasiada à merda que enxergas no espelho.<br />
Há dentro de você uma soberba escrita com letras maiúsculas, recheada com um falso cognata dizendo que és digno de pena. No entanto não sinto, ou na verdade sinto, mas não na categoria que você quer.<br />
Mas não pense que escrevo a ti com intuito de malfazer-te, jamais! Escrevo para mostrar quão bem escrevo a você, que tanto merece uma vaia dissertada em versos que eu, infelizmente, não poderei te dar. Mas, apanho certezas por aí, que será tu mesmo quem se presenteará.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">Não sinto saudades,</div><div style="text-align: right;">Um não ao 'até mais'</div><div style="text-align: right;">E.R.<br />
<br />
<div style="text-align: left;"><i>*Florbela Espanca, escritora e poetisa Portuguesa.</i></div></div>Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-53865939901290883612011-10-11T14:42:00.001-03:002011-10-15T01:56:32.985-03:00Jus ao malfeitorPassar-bem ou passar-mal, hoje, tanto faz...<br />
A diferença maior que há entre nós é que;<br />
* Desejo-lhe passarinhos na primavera! *Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-67197671441982439742011-10-10T14:44:00.001-03:002011-10-14T14:49:06.143-03:00És tu em mimQue vento! Que tremor! Que frio!<br />
Mãos geladas, peito quente, lábios roxos...<br />
Que suspirro! Que céu! Que arrepiu!<br />
- Jás aqui.Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-40635241135404888232011-09-04T09:01:00.001-03:002011-09-04T09:02:56.518-03:00Muito, muito tempo depoisSerá o hábito de escrever um norte de raciocínio e reflexão? Ou estaria mas para um caderno de organizações memoráveis de acontecimentos internamente descritos?<br />
Oh, nem lembro quando foi a última vez em que tentei pôr algo numa folha, nem me vieram versos 'do nada' na cabeça, onde saia desesperada para a frente do computador ou mesmo atrás de papel e lápis. Engraçado isso. Passei a ler textos antigos, e mais uma vez eu digo 'engraçado', ver coisas que saíram da mesma cabeça, escritos pelas mesmas mãos, o coração ainda é o mesmo também, e ler-se de um outro ponto de vista. Lembrar hoje sim, rir do que se passou, lembrar das dores, dos amores, dos encontros e dos sonhos. Da confusão que era entender o que eu mesma escrevia, e também refletir a respeito de postes como esses, onde não tinham nenhum propósito a não ser observar-me escrever.<br />
Talvez eu volte mais aqui, talvez não.Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-89768570384278171642010-11-14T09:42:00.002-03:002010-11-14T09:42:10.383-03:00Amor e bosta - um prato cheio -<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">O meu amor é como um cuspe;</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">Vem de dentro pra fora</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">Abre a boca;</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">Bebe da saliva o meu amor.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">Que gosto tem a refeição passada?</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">O passado que não virou merda,</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">Ainda faz mal –ao estomago-</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">Logo mais ele desce, ralo abaixo.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">Encho a boca de merda mais uma vez,</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">Como o amor, o amor me come.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, helvetica, verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px;">Por fim, viro bosta como ele.</span>Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-47254622597958329682010-09-21T23:57:00.001-03:002012-05-01T20:57:18.314-03:00a.m.p.mE se formos pensar direitinho: É, ja foi. Não há tempo no espaço. <br />
É vácuo, é tudo vago.<br />
Porque esse tempo aqui, agora, já passou, percebeu?Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-19741527775134717942010-08-17T18:51:00.001-03:002010-08-17T18:54:22.393-03:00IguaisEla filosofava frases para despertar não somente o intelecto da outra, mas para si, reconhecendo metaforicamente a evolução cujo havia aprendido com um ou dois livros recém editados. E principalmente, para esbanjar algo, de preferência nunca exposto. <br />
Não bastava apenas consecutivos ensaios, perderia a voz, de tanto se repetir. Tampouco tornar-se-ia redundante, ineficaz e escrava da insegurança mútua alheia. Apenas podia falar.<br />
Abrir o vetor fonético que, sem muita dor física, resolveria parte dos problemas, apontando-a às mágicas soluções. Expor a vanguardista que é. <br />
Tomando inúmeros fracassos como exemplo, teria o sucesso de maneira fácil e soberba. Mas não foi assim. Quer dizer, não será assim. Como saber? <br />
Mesmo cobrindo-a de filosofia barata, estilhaços de declarações, versos piegas ou mesmo a doce ignorância, torna-se neutra diante de tanto silêncio, jogado de forma diferente -é evidente- com desculpas já usadas.<br />
Embaixo de toda essa neve, há dois corações, eu espero.Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-51032700464640997312010-08-17T18:09:00.001-03:002010-08-17T18:10:11.608-03:00(...)Não tenho nada sobre a cabeça que não seja o céu<br />
Não tenho nada que sustente os pés que não seja o passo<br />
Nem o amor de Maria, tenho certeza que é meu.Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-1043657634030388112010-08-03T11:10:00.002-03:002010-08-03T11:19:57.666-03:00C.P.Os versos que cantas antes de dormir<br />
Despertam a mim feito gelo na cara<br />
-Suave como a parede-<br />
Menino durão com cachos na cabeça;<br />
Um nato do sarcasmo introspecto<br />
Perdido no infinito, es mesmo um fodido.<br />
-E como previ, pensas de fato, em mim-Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1838742842130812582.post-32923414182257298142010-08-01T09:39:00.004-03:002010-08-01T09:56:31.279-03:00Uma pitada astro-lógicaÀ aquário dou-me a liberdade completa de extravasar. De pular de cômodos beirando travesseiros póstumos um ao outro. E de ainda mais, enfiar-me em conflitos mais que dolorosos, um pouco a mim.<br />
Tendo a escolha de nunca, jamais, em hipótese alguma compreeder. Afastar a triste fadiga do entendimento. Entretanto, viver apaixonadamente nessa escura visão do que é o quê, e do como será aquilo. <br />
Imaginando e formando planos futuros, maquinar uma projeção futura, mesmo tento certeza de que não será nada daquilo.<br />
<br />
O prazer da disputa me ínsita com uma erupção de risos e bem-estar;<br />
Ah, doce soberba! Cá entre eu e mim, é o que de mais puro renasce em nós. A necessidade de ser amada, não a de amar, me tritura no ralo de forma deplorável e excitante, deixando rastros, sim, rastros por onde deixei alguma de minhas palavras. A busca do inacessível está loucamente no meu ''sangue-astro-lógico''.<br />
Que graça teria numa Amélia? <br />
<br />
Às garotas que sinto apreso, peço que apenas não me tomem por insensível. Há muito aqui, o suficiente até para todas juntas, só que jamais viveria numa poligamia afetuosa! Então, deixem que somente eu chore, futuramente. Mas hoje, apenas uma aqui deitará, ao meu lado. Talvez não a certa, mas a errada que tanto me acertou em cheio!<br />
<strong>Com o medo e a instabilidade libriana.</strong>Eduarda Ramoshttp://www.blogger.com/profile/01897973834765215333noreply@blogger.com0