sábado, 24 de julho de 2010

Quase... dessa vez!

Ele havia quase me conquistado. Eu gostei, quase de verdade. Eu o beijei...! Não cheguemos a tanto, leitor.
Até, por instantes, como de costume, vi nossos filhos brincarem naquele quintal espaçoso, flores e dois cachorros, que pastor alemão lindo! Ah, mulheres, mulheres...Tão tolas, são vocês!
Gostava do seu cabelo, da sua poesia, do seu toque. E do jeitinho de sorrir! De me fazer gargalhar.
E também do contorno do seu corpo branco definido e magro, mas não gostava dos pêlos.
Era assim, muito almejada uma infeliz ruptura das transgressões que me foram incubidas, desde alguns anos passados -Nunca há tal desconexão por completa, diga-se de passagem-. Sinto pouco por isso.
Porém, era real. Logo, igual. Oh, merda! Eu bem que senti o cheiro da testosterona aflorar demais.
Foi satisfatório não sentir meu corpo derrubado e flácido devido às crianças, pedir àquele cachorro infernal para não latir durante a noite. Vê-lo esculhambar meus versinhos de amor, mesmo quando não os escrevia.
Eu poderia dizer 'sim', pela primeira vez. E poderia também, degustar outros ares. Não, não!
Não é seu sexo, é sua alma.

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