quarta-feira, 3 de junho de 2015

Sonho d`anos

Talvez nunca tivesse sido enojado,
Ao menos por inteiro aquele beijo;

Tua língua tem gosto de areia em minha boca
Mas insisto em sonhar-te várias noites!
O desamor, tem gosto de terra podre
De solo infértil. Maltratado.

Outro sonho divaga no escuro
sorrateiro como quem pega de surpresa
o que é proibido;
o que não é mais teu

O mesmo sonho.

Talvez nunca tivesse sido beijo,
Ao menos por inteiro enojado.






domingo, 1 de fevereiro de 2015

Fahrenheit 451 - Ray Bradbury

    Impossível falar em Literatura e não mencionar Ray Bradbury (1920-2012).
Romancista e contista dos gênero de ficção cientifica e fantasia. Um dos grandes gênios da ficção do século XX. Sua obra-prima é Fahrenheit 451 (1953), uma inenarrável metáfora da sociedade pseodo-moderna que vive ludicamente fantasiando relacionamentos, prazeres e ambições. Privando-se do incontestável prazer da leitura.
    Nesta obra é narrado Um Novo Mundo construído num sistema político totalitarista. O personagem principal é um bombeiro chamado Montag que vive inicialmente uma rotina normal dentro dos parâmetros estipulados como corretos; Alienação via rádio concha, jornada de trabalho exemplar e jejum absoluto da literatura. Neste Novo Mundo algumas situações diferem das atuais, como por exemplo, a função do Bombeiro; Não lutam contra os incêndios e sim os provocam, já que as casas são à prova de fogo! É terminantemente proibido ler! Livros são queimados! Externar sentimento é proibido! Questionar-se sobre os porquês também! São as principais abordagens que a vizinha, não menos importante que Montag, trás ao leitor, em suas caminhadas filosóficas entre capítulos.
   Podemos mencionar questões do Condicionamento Humano através do sistema político que desabilita a função do homem quanto ao feeling literário e impõe suas alienações sobre o que é ou não importante conhecer e o que é necessário saber sobre o mundo em que se vive. Sem uma perspectiva exata de futuro os personagens se transformam em verdadeiras bibliotecas clandestinas esperando o progresso da sociedade ao mundo em que ler é aprender e transcender.



ISBN: 978145167331 CÓDIGO SARAIVA: 4087766 / 7858303 (ed. de bolso)

Outras obras do autor: Cronicas Marcianas, Licor de dente-de-leão (...)
Obra-ponte: Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley), Laranja Mecânica (Anthony Burguess).


Obra adaptada para o Cinema: https://www.youtube.com/watch?v=y-5KUImubtY (legendado)





"Vagabundos por fora, bibliotecas por dentro!"

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Calma

Eu vou despreocupar meu coração
Do medo de perder você
Porque se o nosso amor é igual;
Podem se passar mil anos,
e ainda nos encontraremos no mesmo lugar.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Eu amo

Seu sorriso; O contorno da sua boca
O cheiro do seu cabelo; Da sua pele
A sua mão; Seu dedo gordinho lindo
Seu corpo; Todo ele!

O jeito como corre; Feito criança eufórica
Da sua cara de assustada nos dias de chuva;
Assim como o jeito encolhido que fica na cama

As adivinhações; o ciúme
A sua cara quando não conseguia me dizer não!
Sua feição preocupada; com nossas famílias
Sua mão na minha cintura; os puxões! Ah, os puxões!

O hálito misturado com seu cigarro; sua saliva
Os seus bordões e egocentrismo
A forma como me empurrava do colchão;
E brigava pelo maior lençol...
As nossas fofocas!

A cara safada quando me observava nua;
A brancura da sua pele que corava tão fácil
O rosto quente com o meu gelado...

Sua cara de prazer; me tocando
Me chamando; me pedindo [...]

Os apelidos; Os palavrões
Os risos; Os gritos
O amor; A raiva

Você e Eu.


Eu sei

Sabe como é acordar deslizando pelo lençol
Sabendo que você esta na outra ponta da mesma cama.
Quando a primeira imagem que se enxerga, embaçada ainda,
É o teu rosto babando o travesseiro que não é nosso.

Ou mesmo sentir o cheiro da pele, sem nenhum perfume, o cheiro que é só teu!
Saber das brincadeiras e sorrir de todas elas;
Cair certinho nos braços apenas por conhecer a forma como você me puxava;
Respirar com tua cabeça no meu peito sabendo que eu era a sua base.

Eu sei. Eu sei também que a falta torna qualquer cama um precipício;
Qualquer lençol sufocante!
Sei como está ficando difícil, a cada dia, reconstruir a lembrança do cheiro [...]

O tempo cura tudo, mas é difícil seguir em frente quando o relógio está quebrado
''Mas até mesmo o relógio quebrado consegue está certo duas vezes ao dia''.