quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Júbilo frebil

Sinto um leve queimar na pele, um ardor tão incomumente que despenca num ardor de pura lividez, transpirante, trêmulo, cru.
Seria como uma febre que não passa, que não tem fim, cuja morte respeita. Mira-se um abismo tão fulgente a mim, tão aconchegante e resguardado.
Observar a fusão que desmorona agressivamente, entre meu corpo e o recanto, somente ao término, assim encontro após o ardor em continuação à febre, o ponto certo, ao observar o prazer condicionado e auto-suficiente. A lividez do corpo brota como suor dos poros que não secam, como o tremor dos membros que não se regeneram, e como o ranger dos dentes que falecem.
Ao fim de toda febre há muito o que se desprender além do gozo final, há uma suspensão do calor afável não presente...

2 comentários:

  1. been legaal mt boom o texto parabens pllo blog

    http://corpo-definido.blogspot.com

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