quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Querido, amigo

Sinto informar, que por muito tempo venho a perceber você.
Não o julgo por mediocridade ou algo do gênero, nem mesmo por deslealdade, até porque é evidente a inexperiência que você absorveu até hoje, diferente daquela que achas possuir.
Pois bem, é notória a ignorância que de nascença desenvolves e teima em alimentar diariamente. Assim como o sonho besta e não trabalhado de ser uma Espanca* da vida. Porque a sua dor, como muitas: Vaga e seca. Poderia ser de fato desenhada de forma limpa e poética, se não fosse tão fantasiada à merda que enxergas no espelho.
Há dentro de você uma soberba escrita com letras maiúsculas, recheada com um falso cognata dizendo que és digno de pena. No entanto não sinto, ou na verdade sinto, mas não na categoria que você quer.
Mas não pense que escrevo a ti com intuito de malfazer-te, jamais! Escrevo para mostrar quão bem escrevo a você, que tanto merece uma vaia dissertada em versos que eu, infelizmente, não poderei te dar. Mas, apanho certezas por aí, que será tu mesmo quem se presenteará.

Não sinto saudades,
Um não ao 'até mais'
E.R.

*Florbela Espanca, escritora e poetisa Portuguesa.

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