segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Poeta vagabundo

Não sabe fazer nada com os dias
Nada faz além de gastar papéis e tintas,
Nem mesmo um poema seja triste ou de amor
Não há palavras, rimas, ou fatos a serem descritos
Não há sonhos, amores, ou medos infinitos pra serem vividos

O que se lê não é mais que preto e branco
As cores são como pigmentos a marcar as faces do mundo
As tipologias escritas pelos poetas vagabundos
São como um marco ao ápice da incompreensão
Deles e de terceiros

O que se vê não é mais que um buraco
La dentro, no fundo, é poema de sentimento
Preferindo não despertar ao próprio
Talvez não queira descobrir se é 8 ou 80
Já basta a mescla confusa que se tritura ao peito

Talvez o sol nem chegue mais aqui
Tudo escuro, tudo singular, o poeta vagabundo
Vive dentro dos sonhos, do idealizado, de mim
Lá se expressa, entende e firma-se
Aqui é o oposto, não há vantagens nem garantias

Só os restam leitores leigos as idéias deles,
Amores tardios renovando-se
Amigos que desaparecem como fumaça
Pó e cinza no chão...

Quer um cigarro e uma garrafa à mão
Somente assim pra entrar de vez no que se vê
E mudar ao menos uma vez o que se lê.

3 comentários:

  1. É tudo tão preto e branco aqui [...]
    Poeta vagabunda *-*

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  2. :D

    Tão preto. Branco.
    Igual meu BLOG
    shauhuhuahsahsuhauhas

    Um poeta, com um cigarro na boca,
    seu bule de café ao lado.
    Loucos são esses.

    http://opoestadeplutao.blogspot.com/

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