domingo, 8 de novembro de 2009

Destruindo a infância que virá!

Pois é meus caros, crescemos ouvindo todos aqueles Contos meigos e fofos, fantasiados pela Disney, sendo que a versão original não é nem um pouco agradável (no sentido de final feliz), ou um conto infantil. Antigamente as historinhas tinham geralmente um final bem macabro, diferente de hoje. O público parece não saber lidar com a verdade (que nem sempre é bela) sente uma necessidade em adaptar tudo, e então trata sempre de mesclar todos os contos para que tenham finais felizes ou coisas do tipo.
Estava lendo as versões originais de várias histórias que minhas tantas babás leram para mim (e com certeza aos senhores também) quando era pequena! Mas, que existia de fato uma moral na história! Com um final não tão divertido para as pobres donzelas e príncipes encantados. Adorei conhecer essas versões, por isso passei os resumos para o blog.


Chapeuzinho Vermelho - A versão desse conto que conhecemos é aquela em que Chapeuzinho Vermelho, no final, é salva pelo caçador, que mata o lobo mau.
Porém, a versão original do francês Charles Perrault não é tão bonita. Nessa versão, chapeuzinho é uma garotinha bem educada que recebe falsas instruções quando pergunta ao lobo sobre o caminho até a casa da vovó. No fim, ela é simplesmente devorada pelo lobo. Só isso, e a história acaba. Não há caçador e nem vovozinha, apenas um lobo gordo e a Chapeuzinho Vermelho morta.
A moral da história é que não se deve falar com estranhos! rs

A Pequena Sereia - A versão de 1989 de A Pequena Sereia poderia ser intitulada “A Grande Sortuda”. Nessa versão da Disney, a princesa Ariel termina sendo transformada em um ser humano para que possa casar com Eric. Há uma festa maravilhosa com a presença de seres humanos e seres do mar.
No entanto, no original de Hans Christian Andersen, Ariel vê o príncipe casar-se com outra e entra em desespero. Oferecem-lhe uma faca com a qual ela poderia matá-lo, mas, em vez disso, ela salta para o mar e morre ao voltar para a costa. Hans Christian Andersen modificou um pouco o final para amenizar a história. Na nova versão, ao invés de morrer na espuma da praia, ela se torna “filha do ar”, esperando ir para o céu. De qualquer forma, ela morre!

A Branca de Neve - Na história da Branca de Neve que nós conhecemos, a rainha manda o caçador matá-la e trazer seu coração como prova. O caçador não consegue fazer isso e lhe traz o coração de um tipo de porco.
A boa notícia é que a Disney não distorceu tanto essa história, mas omitiu detalhes importantes: no conto original, a rainha pede o fígado e os pulmões de Branca de Neve, que serão servidos no jantar daquela noite! Também no original, a princesa acorda com o balanço do cavalo do príncipe, enquanto era levada para o castelo. Não há nada de beijo mágico. O que o príncipe queria fazer com o corpo desfalecido de uma garota é algo que vou deixar para sua imaginação!!! Ainda na versão dos irmãos Grimm, a rainha má é forçada, no final, a dançar até a morte usando sapatos de pedra, quentes como brasas. Se fodeu!

A Bela Adormecida - Na versão conhecida de A Bela Adormecida, a adorável princesa adormece quando fura seu dedo em uma agulha. Ela dorme por cem anos até que o príncipe finalmente chega, beija-a, e acorda-a. Eles se apaixonam, casam, e (surpresa!) vivem felizes para sempre.
Contudo, o conto original não é tão doce. Nele, a jovem garota adormece por causa de uma profecia, não de uma maldição; e não é o beijo do príncipe que a desperta: o rei a vê dormindo e, querendo se divertir, a estupra. Depois de nove meses, nascem duas crianças (e ela continua dormindo). Uma das crianças chupa o dedo da mãe, retirando a peça de linho que fazia ela dormir. A princesa acorda para saber que foi estuprada e é mãe de gêmeos. Fim. Puta que pario viu rs!

João e Maria - Na versão largamente conhecida de João e Maria, ouvimos sobre duas crianças que se perdem na floresta e encontram uma casa feita de doces e guloseimas que pertence a uma bruxa. Elas então são aprisionadas enquanto a bruxa se prepara para comê-las. Eles conseguem escapar e atiram-na no fogo, salvando-se.
Numa versão francesa mais antiga (chamada ''As Crianças Perdidas''), ao invés de uma bruxa, há um demônio, que também é enganado pelas crianças. Contudo, ele não cai na cilada e está prestes a colocá-los na guilhotina. As crianças fingem não saberem como entrar no instrumento e pedem para a esposa do demônio mostrar como se faz. Nesse momento, elas cortam seu pescoço e fogem! Crianças sangue-frio não é mesmo?! rs

Cinderela - Na Cinderela moderna, nós temos a linda princesa casando-se com o príncipe depois que este viu que o sapatinho de cristal servia em seus pés.
Esse conto tem suas origens por volta do século I a.C, no qual a heroína de Strabo se chamava Rhodopis, não Cinderela. A história era muito parecida com a atual, com exceção dos sapatinhos de cristal e da abóbora. Porém, oculta por trás dessa linda história há a versão mais sinistra dos irmãos Grimm: nela, as irmãs de Cinderela cortam partes dos próprios pés para que eles caibam no sapato de cristal, querendo enganar o príncipe. Ele, então, é avisado por dois pombos, que bicam os olhos das irmãs. Elas passam o resto de suas vidas como mendigas cegas enquanto Cinderela vive no castelo do príncipe. Ao menos essa se dá bem!

Os Três Porquinhos - O conto dos Três Porquinhos foi muito amenizado para as crianças de hoje, ao contar uma história cheia de violência sem mostrar violência. Terminamos com um conto muito simplório que mostra “como é bom ser esperto”.
A história original perdeu muito. O conto original não é mais longo, já que o lobo mau não perde tanto tempo assoprando casas. Ele faz isso para pegar os dois primeiros porquinhos. Aqueles coitados são logo pegos e devorados. O terceiro porquinho — o mais esperto de todos — é o entrave. Sem conseguir assoprar a casa de tijolos, o lobo tenta blefar. Ele faz de tudo para trazer o porco para fora de casa, promete nabos, maçãs, e uma visita à feira. O porco recusa a tentação, sabendo que há coisas mais importantes.
O lobo decide então voltar à violência. Ele escala a casa e entra pela chaminé. Porém, o porquinho tinha planejado isso, e colocou um caldeirão de água fervendo na lareira. O lobo cai ali dentro e morre. Ele — e os dois outros porquinhos em seu estômago — são agora o sinistro jantar do terceiro porco. HAHAHA.


Fontes (tradução livre e modificada) - http://www.lendo.org/
Listverse: Top 10 Gruesome Fairy Tale Origins
Digital Bits Skeptic: Original versions of classic fairy tales

6 comentários:

  1. Porra a da Bela adormecida foi a melhor!!huahauahuahuahu...
    Sensacional, são finais que só depois que você cresce mesmo pra você criar.
    Acho q a fantasia na criança é importante, o homem é do tamanho dos seus sonhos, e os contos estimulam os sonhos.
    Bom texto, dá vontade de comentar.
    Parabéns pelo blog e sucesso pra você.

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  2. É bom ver que esse Recanto é também um grande portifólio das tuas leituras, referências...
    Como te disse, já tinah ouvido falar em algumas...
    Muito massa esse post! Informa~ções ótimas. A introudção no melhor estilo Duda de ser, e o melhor é lê tuas observações por entre as versões, é como se lendo tivesse vendo tu e teu riso safadeenho ao meu canto do ouvido como no dia-a-dia.
    Tive pena do fim da rainha de Branca de Neve. Mas, é cada criatividade, né?!
    Hélmiton amaria essas versões, principalmente João e Maria...kkkkkkkkkkkkkkk'
    Fica na paz. Continue!
    Ah, depois é bom dá uma conferida na verdadeira história de Alice no páis das Maravilhas e de seu autor pedófilo.

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  3. Muito bom!!
    Procure na internet por "twisted princess" vocÊ irá encontrar fotos das princesas disney em versões ééé... do mal?

    www.renansparrow.blogspot.com

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  4. Ja tinha ouvido falar nesses finais um tanto maldosos, mas nao conhecia de todos. Sacanagem...

    Nada melhor que preservar a inocencia...

    http://www.passatempo-s.blogspot.com/

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  5. PUTA QUE PARIO, ri bastante!
    tudo o que as nossas babás não nós contaram!
    Pobrezinha da Bela adormecida! dels.

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